O Corinthians vive um momento de instabilidade institucional após o afastamento de seu presidente, aprovado pelo Conselho Deliberativo na última segunda-feira. A decisão, que ainda será referendada em assembleia de sócios no dia 9 de agosto, ocorreu devido a irregularidades em um contrato com uma ex-patrocinadora do clube. Enquanto isso, o dirigente afastado busca medidas judiciais para reverter a situação e retomar o cargo, alegando que seu afastamento foi ilegal e movido por interesses particulares.
O cenário interno se tornou ainda mais tenso com divergências sobre a interpretação do estatuto do clube. A presidência interina, assumida após uma série de mudanças na liderança do Conselho Deliberativo, anulou ações anteriores, incluindo o processo de impeachment. Enquanto uma facção defende a legalidade do afastamento com base em supostas violações éticas, a outra argumenta que a decisão não seguiu os trâmites estatutários adequados, criando um impasse jurídico e administrativo.
Além da disputa política, investigações da Polícia Civil apontam que parte dos recursos envolvidos no contrato questionado teriam sido desviados para o crime organizado. O caso, que já resultou em indiciamentos por lavagem de dinheiro e associação criminosa, ainda está em andamento. Enquanto isso, a torcida acompanha com preocupação os desdobramentos, que impactam não só a gestão do clube, mas também o desempenho em campo, como o recente empate sem gols contra o Vitória no Brasileirão.