As eleições presidenciais na Coreia do Sul foram encerradas nesta terça-feira (3), com as urnas fechando às 20h no horário local. Pesquisas de boca de urna indicam a vitória do candidato de centro-esquerda, que obteve 50,6% dos votos, contra 39,4% do principal adversário. O pleito ocorre após meses de instabilidade política, desencadeada pela declaração de lei marcial pelo ex-presidente, que levou ao seu impeachment e aprofundou a polarização no país.
O novo presidente assumirá o cargo em um contexto desafiador, marcado por tensões comerciais com os Estados Unidos, uma das menores taxas de natalidade do mundo e a crescente ameaça militar da Coreia do Norte. Analistas destacam que a eleição foi vista como um referendo sobre o governo anterior, com os eleitores buscando uma mudança após a crise política que deixou o país sem liderança efetiva durante meses.
A participação eleitoral foi alta, com 62,1% do eleitorado votando até o meio-dia, segundo dados oficiais. O resultado reflete o desejo da população por estabilidade e responsabilização pelos eventos recentes. O país, que vive sob regime democrático desde 1987, enfrenta agora o desafio de superar a divisão política e retomar o crescimento econômico em um cenário global complexo.