A Coreia do Sul realiza nesta terça-feira (3.jun.2025) eleições presidenciais para escolher o sucessor do ex-presidente destituído por impeachment em abril. Cerca de 44 milhões de eleitores estão aptos a votar para definir um novo mandatário, que governará por cinco anos sem direito a reeleição. O pleito foi convocado após a confirmação judicial do impeachment, decorrente da declaração de lei marcial em dezembro de 2024, medida amplamente criticada e revogada horas depois.
Entre os candidatos, Lee Jae-myung, do Partido Democrata (centro-esquerda), lidera as pesquisas, seguido por Kim Moon-soo, da direita, e Lee Jun-seok, do centro-direita. A eleição marca a primeira vez em 18 anos sem candidatas mulheres. Especialistas apontam que uma eventual vitória do favorito pode trazer ajustes nas relações com os EUA e na abordagem com a Coreia do Norte, mas sem mudanças radicais.
O impeachment do ex-presidente, aprovado pelo Parlamento e confirmado pelo Tribunal Constitucional, refletiu tensões políticas no país, embora a rápida reação institucional e popular tenha evitado uma crise mais profunda. Analistas sugerem que o episódio pode beneficiar a oposição nas urnas, seguindo um padrão observado em casos anteriores. As eleições ocorrem em um cenário de expectativa por estabilidade após meses de incerteza.