A Coreia do Sul realiza nesta terça-feira (3.jun.2025) uma eleição presidencial extraordinária, convocada após o impeachment do ex-presidente Yoon Suk-yeol, do Partido do Poder Popular (direita), que impôs lei marcial por seis horas em dezembro de 2024. O pleito, sem vice-presidência em jogo, tem seis candidatos em disputa, com o ex-governador Lee Jae-myung, do Partido Democrata (centro-direita), liderando as pesquisas. Kim Moon-soo (PPP) e Lee Jun-seok (Novo Partido da Reforma) aparecem em seguida, em um cenário marcado por propostas divergentes sobre economia, política externa e reformas sociais.
Lee Jae-myung, que perdeu a eleição de 2022, busca a presidência com um discurso populista, focando em redução da desigualdade e reaproximação com a Coreia do Norte. Seu principal adversário, Kim Moon-soo, defende uma agenda econômica liberal, alinhamento com os EUA e postura dura contra o regime norte-coreano. Já Lee Jun-seok, ex-líder do PPP, propõe medidas como desregulamentação empresarial e reforma administrativa, além de priorizar alianças com EUA e Japão.
A eleição ocorre em um contexto de tensões políticas e sociais, agravadas pelo impeachment recente e por acusações envolvendo alguns candidatos. Enquanto Lee Jae-myung enfrenta questionamentos sobre supostos favorecimentos na gestão municipal, Lee Jun-seok foi inocentado pela polícia em um caso de escândalo sexual. O resultado definirá não apenas o rumo da política sul-coreana, mas também o equilíbrio nas relações com potências regionais e a resposta aos desafios econômicos internos.