Na manhã desta terça-feira, a Copel anunciou que iniciará o processo de migração para o Novo Mercado da B3, um segmento destinado a empresas comprometidas com elevados padrões de governança corporativa. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da companhia, que também convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para o dia 4 de agosto, onde o tema será mais amplamente discutido. A expectativa é que a transição seja concluída até o final do quarto trimestre de 2025. Este movimento ocorre num contexto onde suas ações apresentam flutuações significativas, com a CPLE6 registrando queda de 0,24% e a CPLE3 subindo 0,60%.
A migração para o Novo Mercado implica numa série de mudanças estruturais importantes para a Copel, incluindo a criação de uma nova classe de ações preferenciais compulsoriamente resgatáveis. Segundo analistas da XP, esse passo é visto positivamente pelo mercado, pois promete aprimorar a governança corporativa e simplificar a estrutura acionária da empresa. A eliminação das diferentes classes de ações deverá aumentar a liquidez dos papéis ordinários e atrair um espectro mais amplo de investidores, além de reduzir o custo de capital a longo prazo. A XP também notou que o pagamento em dinheiro de R$ 1,3 bilhão aos acionistas preferenciais deverá render cerca de 6% de rendimento por ação.
As implicações futuras para a Copel e seus investidores são significativas. A transição para o Novo Mercado não apenas reforça o compromisso da empresa com a transparência e boas práticas de governança, mas também pode servir como um modelo para outras empresas que buscam melhorar sua percepção no mercado. Este movimento da Copel está alinhado com uma tendência crescente entre as corporações brasileiras que buscam fortalecer a confiança dos investidores em meio a um ambiente econômico desafiador. A longo prazo, espera-se que essas mudanças contribuam para uma valorização sustentável das ações da empresa, beneficiando todos os stakeholders envolvidos.