A presidência brasileira da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) apresentou, nesta terça-feira (17), o desenho do Balanço Ético Global (BEG). A iniciativa visa permitir maior participação social nas negociações globais que ocorrerão em Belém, em novembro. O BEG é o quarto ciclo de propostas para implementar ações climáticas, complementando os ciclos dos presidentes das COPs anteriores, dos ministros das Finanças e dos povos.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o objetivo é incorporar a dimensão ética de diferentes cidadãos e continentes nas decisões políticas. A contribuição ocorrerá por meio de seis diálogos regionais, começando pela Europa em 24 de junho, durante a Semana Climática de Londres. Os encontros seguirão em outras regiões, incluindo América Latina, Ásia, Oceania, África e América do Norte, com participação de diversos setores da sociedade.
Liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, a iniciativa contará com facilitadores como a ambientalista Wanjira Mathai e a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson. Ao final dos diálogos, serão produzidos relatórios regionais e um síntese, que serão apresentados na COP30 e servirão como contribuições para os debates globais. O representante da ONU, Selwin Hart, destacou que o BEG visa colocar as pessoas no centro da transição climática e promover justiça para os mais afetados.