O Congresso Nacional tem enfrentado um ano marcado por baixa produtividade e recessos frequentes, com parlamentares criticando a lentidão nas pautas consideradas relevantes. Os presidentes da Câmara e do Senado têm sido alvo de reclamações devido às suas ausências, muitas vezes motivadas por viagens internacionais acompanhando o presidente Lula. Essas ausências impactaram a dinâmica legislativa, reduzindo o número de sessões e a análise de projetos, especialmente aqueles com maior complexidade ou divergência política.
Na Câmara, a gestão atual registrou um leve aumento no número de sessões e projetos analisados em comparação com 2024, mas ainda abaixo do ritmo observado em anos anteriores. Lideranças partidárias avaliam que a estratégia de priorizar apenas projetos consensuais e adiar temas polêmicos contribuiu para o marasmo legislativo. Já no Senado, houve uma redução de cerca de 20% nas sessões deliberativas em relação a 2023 e 2024, com atrasos em pautas como a regulamentação da reforma tributária e a análise de indicações para agências reguladoras.
Com o recesso parlamentar se aproximando em julho, a expectativa é de que os trabalhos continuem em ritmo lento até o segundo semestre. Tradicionalmente, junho também é um mês de menor atividade devido às festividades do São João, o que pode adiar ainda mais a votação de projetos importantes. Enquanto isso, pendências como a reforma eleitoral e medidas antifraude no INSS aguardam avanços, deixando dúvidas sobre a capacidade do Congresso de retomar o protagonismo legislativo nos próximos meses.