O conflito entre Israel e Irã continua sem uma resolução clara, segundo Leonardo Paz, pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV NPII). Paz destaca a dificuldade em prever o desfecho desse embate, especialmente no curto e médio prazos, devido à incerteza sobre as ações dos Estados Unidos, que desempenham um papel central na dinâmica do confronto. O pesquisador sugere que, caso os EUA adotem uma postura mais firme, há uma chance de encerrar os embates, mas isso parece improvável no cenário atual. Essa avaliação indica a complexidade do conflito, que exige atenção global para suas potenciais consequências.
A hesitação dos Estados Unidos em intervir de forma decisiva está intrinsecamente ligada a fatores políticos internos e internacionais. O uso de tropas, por exemplo, necessitaria da aprovação do Congresso norte-americano, o que pode ser um obstáculo significativo. Além disso, sem a presença de forças americanas ou israelenses, uma mudança de regime no Irã é altamente improvável. O contexto histórico de tensões entre os países e as recentes movimentações, como o lançamento de mísseis iranianos contra bases americanas, complicam ainda mais a situação. Especialistas sugerem que uma solução diplomática poderia emergir, mas apenas se os EUA assumirem um papel de liderança nas negociações.
O futuro do conflito pode ter implicações profundas para a geopolítica global, visto que a estabilidade no Oriente Médio é crucial para o equilíbrio econômico e político mundial. As tendências atuais indicam que, se os Estados Unidos não se envolverem ativamente, o impasse pode se prolongar, exacerbando tensões regionais. Observadores internacionais sugerem que a comunidade global deve se preparar para uma possível escalada, enquanto se mantém atenta aos desenvolvimentos diplomáticos. Este cenário nos convida a refletir sobre o papel das grandes potências na mediação de conflitos e a importância de soluções pacíficas em um mundo cada vez mais interconectado.