O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 0,4 ponto em maio, alcançando 94,8 pontos, interrompendo uma sequência de quedas observada desde janeiro. Apesar do avanço, a média móvel trimestral ainda apresentou um recuo de 0,1 ponto, indicando cautela no cenário econômico. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, o resultado sugere resiliência da atividade no segundo trimestre e uma discreta melhora nas expectativas para os próximos meses, embora seja cedo para afirmar uma reversão de tendência.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) também registrou leve alta de 0,2 ponto, chegando a 96,5 pontos, recuperando-se da queda de abril, mas permanecendo abaixo da média do segundo semestre de 2023. Já o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 0,5 ponto, atingindo 93,0 pontos, impulsionado por uma melhora nas projeções de demanda para os próximos três e seis meses. Entre os componentes analisados, a avaliação da demanda atual subiu 0,5 ponto, enquanto a satisfação com a situação dos negócios recuou marginalmente.
O ICE é calculado com base em pesquisas setoriais da indústria, serviços, comércio e construção, ponderadas pela participação de cada segmento na economia, conforme dados do IBGE. A coleta de informações foi realizada entre 5 e 26 de maio, abrangendo empresas dos quatro setores. A FGV destaca que o indicador busca oferecer uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica, refletindo tanto a percepção atual quanto as perspectivas futuras do mercado.