O mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão por destruir o relógio de Dom João VI durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 no Palácio do Planalto, deixou o Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia (MG), nesta semana. A soltura ocorreu após a progressão para o regime semiaberto por bom comportamento, com decisão judicial que dispensou o uso de tornozeleira eletrônica devido à indisponibilidade do equipamento no estado.
Ferreira tornou-se um dos símbolos dos ataques ao patrimônio público após ser filmado destruindo o valioso relógio histórico, um exemplar francês do século XVII que integrava o acervo presidencial. O artefato havia sido presenteado ao rei Dom João VI e seu vandalismo gerou comoção nacional e repercussão internacional, com ampla divulgação das imagens de segurança.
A progressão de regime seguiu os parâmetros legais após análise do comportamento carcerário do condenado. O caso continua sob acompanhamento judicial, com a possibilidade de novas medidas restritivas caso haja descumprimento das condições do regime semiaberto. Especialistas em patrimônio histórico avaliaram o relógio como peça de valor incalculável, cuja restauração ainda está em andamento.