Um empresário foi condenado a 98 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de três pessoas, incluindo um ator e seus pais, ocorrido em 2019. O veredito foi anunciado após um interrogatório marcado por declarações desconexas, no qual o réu negou os crimes, confrontou a acusação e ignorou sua própria defesa. Durante o depoimento, ele comparou-se a figuras políticas conhecidas, alegando que, como elas, “fala o que sente e pensa”.
O interrogatório foi marcado por momentos de tensão, com o acusado interrompendo sua advogada e desafiando os promotores. Em um dos episódios, ele chegou a se levantar para encarar a mesa da acusação, sendo advertido pelo juiz. O réu também acusou sua filha de mentir sobre o crime e criticou a polícia, afirmando que sua captura demorou injustamente. Sem apresentar provas de inocência, ele sugeriu que o julgamento tinha motivações políticas.
Apesar de suas tentativas de influenciar o júri, a estratégia não surtiu efeito. Os jurados o consideraram culpado, e o juiz aplicou a pena máxima, somando 98 anos de prisão. O condenado permanece custodiado no sistema penitenciário paulista, aguardando eventual recurso. O caso chamou atenção pelo tom caótico do depoimento e pelas referências a personalidades públicas durante o julgamento.