As companhias aéreas globais enfrentam desafios significativos devido ao aumento de barreiras comerciais e atrasos nas entregas de aeronaves, mesmo com a demanda por voos em níveis recordes. Durante a reunião anual da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), executivos destacaram que o isolacionismo e a fragmentação do comércio multilateral ameaçam a prosperidade econômica. A IATA revisou sua previsão de lucro para 2024, estimando US$ 36 bilhões, valor abaixo do projetado anteriormente, mas ainda superior aos resultados de 2023.
Os atrasos nas entregas de aviões, principalmente por parte dos principais fabricantes, foram classificados como “inaceitáveis” pelos líderes do setor, que avaliam ações legais, mas preferem resolver o problema em colaboração. A falta de transparência e os gargalos na produção estão forçando as companhias a adiar planos de expansão, mesmo com a alta demanda pós-pandemia. Projeções indicam que os atrasos podem persistir por até três anos, enquanto um dos fabricantes enfrenta desafios para retomar a produção após crises de qualidade e greves.
Apesar dos obstáculos, o setor continua investindo em novas aeronaves para atender à demanda futura, com destaque para mercados em crescimento, como a Índia, onde companhias locais estão expandindo suas frotas. O primeiro-ministro Narendra Modi projetou que o número de passageiros no país deve dobrar até 2030, reforçando a importância do setor aéreo para a economia global. Enquanto isso, as empresas resistem a repasses de custos decorrentes de tarifas comerciais, pressionando por soluções que equilibrem sustentabilidade e crescimento.