A PharmaResearch, empresa biofarmacêutica sul-coreana, viu suas ações dispararem 230% no último ano, impulsionadas pela popularidade do Rejuran, um tratamento antienvelhecimento feito a partir de células de esperma de salmão. O produto, lançado em 2014, é baseado em PDRN e PN, substâncias que promovem a regeneração celular e a reparação tecidual, diferenciando-se de preenchedores tradicionais por estimular uma melhora natural da pele. Com 78% de sua receita vinda de produtos antirrugas, a empresa registrou um lucro líquido de 36 bilhões de won (US$ 26,15 milhões) no primeiro trimestre, quase o dobro do ano anterior.
O fundador e presidente da PharmaResearch, Jung Sang-soo, tornou-se o mais novo bilionário da Coreia do Sul, com um patrimônio líquido estimado em US$ 1,2 bilhão. A empresa, listada na bolsa Kosdaq, especializou-se em medicina regenerativa e aproveitou o boom global do mercado de antienvelhecimento, projetado para crescer de US$ 73 bilhões em 2024 para US$ 140,9 bilhões em 2034. A demanda por procedimentos dermatológicos na Coreia, especialmente entre turistas médicos, e a expansão das exportações de cosméticos coreanos (que atingiram US$ 10,2 bilhões em 2024) também impulsionaram o setor.
Grandes fundos de private equity, como a CVC Capital, têm investido na PharmaResearch, sinalizando confiança no potencial de crescimento da empresa, especialmente no Sudeste Asiático. Analistas destacam que a parceria com a CVC pode acelerar a penetração em clínicas estéticas na região, onde o Rejuran já é um produto-chave. O fenômeno K-beauty, que também elevou outros executivos do setor, como o fundador da Classys, reforça a tendência de valorização de empresas que unem inovação científica ao apelo global da beleza coreana.