Um comediante foi condenado a oito anos e três meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por supostos discursos preconceituosos contra grupos minoritários durante uma apresentação divulgada na internet. Além da pena, ele terá de pagar uma multa equivalente a mais de mil salários mínimos e indenização por danos morais coletivos. A decisão judicial ainda pode ser recorrida.
Um conhecido apresentador de televisão comentou o caso em suas redes sociais, defendendo o humorista e classificando a condenação como “exagerada”. Ele argumentou que piadas não deveriam ser tratadas como discurso de ódio, afirmando que a comédia é distinta da realidade. O apresentador também mencionou sua própria experiência judicial, citando uma condenação anulada em segunda instância anos atrás.
O caso reacendeu discussões sobre os limites da liberdade de expressão no humor. Enquanto a Justiça entende que os comentários ultrapassaram a esfera do entretenimento, defensores do comediante alegam que a decisão pode representar um precedente preocupante para a arte. O debate segue em aberto, especialmente diante da possibilidade de recurso.