Duas pessoas morreram após um grave acidente entre um carro e um ônibus na tarde desta segunda-feira (23), na Rodovia Dona Leonor Mendes de Barros (SP-333), em Guarantã, interior de São Paulo. Segundo a concessionária responsável pela via, o carro trafegava no sentido leste quando o motorista perdeu o controle no quilômetro 294, rodou na pista e invadiu a faixa contrária, colidindo lateralmente com o ônibus. O impacto causou a morte imediata do condutor do carro e de seu único passageiro. Os 28 ocupantes do ônibus, que fazia o trajeto entre Ribeirão Preto e Presidente Prudente, saíram ilesos. A faixa 2 e o acostamento permaneceram interditados por horas para remoção dos veículos e atendimento da ocorrência, gerando lentidão no tráfego local.
As causas do acidente ainda estão sendo apuradas, mas a concessionária aponta que o trecho onde ocorreu a colisão é conhecido por curvas fechadas e já registrou outros incidentes similares nos últimos anos. Especialistas em segurança viária alertam para a necessidade de maior sinalização e manutenção da pavimentação no local. “A instabilidade do veículo pode ter sido agravada por falhas na pista ou excesso de velocidade”, afirmou Luiz Fernandes, engenheiro de tráfego. Para os passageiros do ônibus, o susto foi grande, mas o treinamento do motorista e o uso do cinto de segurança contribuíram para evitar ferimentos. A tragédia reacendeu o debate sobre a infraestrutura das estradas paulistas, especialmente em regiões com alto fluxo intermunicipal e pouca fiscalização.
As autoridades locais devem concluir o laudo técnico nos próximos dias, o que poderá influenciar futuras ações da Artesp e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP). Enquanto isso, familiares das vítimas aguardam a liberação dos corpos para o sepultamento. O episódio ilustra um padrão preocupante de colisões frontais em rodovias de pista simples no Brasil, onde mais de 30% dos acidentes fatais envolvem invasão de faixa, conforme dados da CNT. A expectativa é que o caso leve a uma revisão urgente das medidas de prevenção e à ampliação de campanhas de conscientização sobre direção defensiva. Em um país onde a malha rodoviária ainda apresenta grandes desigualdades, cada acidente como esse evidencia os riscos persistentes enfrentados por motoristas e passageiros diariamente.