Apesar da recuperação nas coberturas vacinais no Brasil, disparidades entre estados e municípios e esquemas incompletos continuam a desafiar a saúde pública, segundo o Anuário VacinaBR, divulgado pelo Instituto Questão de Ciência (IQC) em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e o Unicef. O estudo, publicado em junho de 2025, alerta para os riscos da baixa adesão à imunização.
Em 2023, nenhuma vacina infantil do calendário nacional atingiu a meta de cobertura em todos os estados, revela a pesquisa. O desempenho mais crítico foi registrado na vacina tríplice viral (D1), com apenas 67% de cobertura nacional, abaixo dos 95% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para controle de doenças.
O anuário aponta que as regiões Norte e Nordeste apresentam os menores índices, enquanto estados do Sudeste lideram a adesão. Especialistas atribuem as desigualdades a falhas na logística, desinformação e dificuldades no acesso. O documento recomenda ações urgentes para evitar o retorno de doenças já eliminadas no país.