Apesar da recuperação nas coberturas vacinais no Brasil, disparidades entre estados e municípios e esquemas incompletos continuam a desafiar a saúde pública. Essas conclusões são do Anuário VacinaBR, elaborado pelo Instituto Questão de Ciência (IQC) em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e o Unicef, divulgado nesta semana.
O estudo revela que, em 2023, nenhuma vacina infantil do calendário nacional atingiu a meta de cobertura em todos os estados. As maiores lacunas foram observadas nas regiões Norte e Nordeste, onde alguns imunizantes não ultrapassaram 60% da população-alvo, bem abaixo dos 90-95% recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
Especialistas alertam que a desigualdade na vacinação pode levar ao ressurgimento de doenças já controladas. O relatório destaca a necessidade de campanhas regionalizadas e estratégias específicas para grupos vulneráveis, além da desmistificação de informações falsas sobre imunização que circulam nas redes sociais.