Apesar da recuperação nas coberturas vacinais no Brasil, disparidades regionais e esquemas incompletos continuam a desafiar a saúde pública, segundo o Anuário VacinaBR, divulgado nesta semana pelo Instituto Questão de Ciência (IQC) em parceria com a Sbim e o Unicef. O estudo analisou dados de 2023 e revela que nenhuma vacina infantil atingiu a meta de cobertura em todos os estados.
A publicação aponta que a BCG foi a vacina com melhor desempenho (91,4% de cobertura), enquanto a pentavalente e a pneumocócica registraram os índices mais baixos, abaixo de 70%. O Nordeste apresentou as maiores taxas de vacinação, enquanto o Norte e o Centro-Oeste ficaram com as menores coberturas, evidenciando desigualdades regionais.
Especialistas alertam que a combinação de baixas coberturas e esquemas incompletos pode levar ao retorno de doenças já controladas. O relatório recomenda ações urgentes, como campanhas de conscientização e estratégias específicas para regiões com baixa adesão, para evitar retrocessos na saúde pública brasileira.