A coalizão governante da Holanda desmoronou nesta terça-feira, 3, após a saída de um partido de extrema-direita, que acusou os demais integrantes da aliança de não adotarem medidas suficientes para restringir a imigração. O político responsável pela ruptura afirmou em redes sociais que seus eleitores foram “traídos”, já que promessas de um controle mais rígido de asilo não foram cumpridas. A crise política abre caminho para possíveis eleições antecipadas no país.
Na semana passada, o partido em questão exigiu que seus parceiros de coalizão assinassem um plano para reduzir drasticamente a imigração, incluindo a suspensão de novos pedidos de asilo e a repatriação de refugiados sírios. A proposta foi rejeitada, levando ao rompimento. A oposição já pediu novas eleições, argumentando que o governo deixou o país “paralisado” em um momento crítico para a Europa, marcado por conflitos e desafios econômicos.
Analistas avaliam que a formação de uma nova coalizão entre os partidos restantes é improvável, tornando as eleições antecipadas o cenário mais provável. Caso confirmadas, elas servirão como um termômetro para medir a influência dos partidos de extrema-direita no continente, em um contexto de crescimento econômico frágil e aumento dos fluxos migratórios. O partido que deixou a coalizão havia conquistado a maior bancada nas últimas eleições, mas não conseguiu formar um governo majoritário.