Os eventos climáticos extremos que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024 foram antecipados em pelo menos 15 anos, segundo análise de climatologistas. O estado enfrentou a maior tragédia climática de sua história, com chuvas intensas que causaram destruição generalizada, evidenciando os impactos acelerados das mudanças climáticas.
Francisco Eliseu Aquino, renomado climatologista, explica que fenômenos antes considerados centenários agora podem ocorrer em intervalos de 30 a 40 anos. O aquecimento global, impulsionado pela ação humana, está intensificando a frequência e a severidade desses eventos, transformando padrões climáticos históricos em um novo cenário de riscos permanentes.
O especialista alerta que a tendência é de agravamento, com o planeta seguindo em trajetória de aquecimento. Dados científicos indicam que medidas urgentes de adaptação e mitigação são necessárias para reduzir vulnerabilidades, especialmente em regiões já críticas como o Sul do Brasil, onde os extremos pluviométricos devem se tornar cada vez mais comuns.