A classe DE, com renda mensal de até dois salários mínimos, é a que mais pretende aumentar o consumo em 2025, segundo pesquisa da ONG Gerando Falcões em parceria com Data-Makers e ESPM. Enquanto 59% dos entrevistados dessa classe planejam gastar mais, o percentual supera a média geral da população (57%) e da classe C (55%). O celular é o principal canal de compras para 49% desse grupo, à frente de lojas físicas (25%) e computadores (19%), refletindo uma mudança nos hábitos de consumo e quebrando estereótipos sobre a dependência de canais tradicionais.
Além do aumento no consumo, a pesquisa revela que a classe DE demonstra forte engajamento com valores sociais e éticos. Direitos dos idosos (88%), inclusão de PCDs (87%) e bem-estar animal (86%) estão entre as causas mais citadas, seguidos por sustentabilidade (79%) e diversidade (77%). O estudo destaca que essas preocupações desafiam a noção de que causas sociais são exclusivas das classes mais privilegiadas, abrindo oportunidades para marcas alinhadas a esses princípios.
A influência de figuras públicas também foi analisada, mostrando que 51% da classe DE se deixa impactar por recomendações de influenciadores, percentual ligeiramente acima da média nacional (50%). No entanto, a classe AB é a mais suscetível a essa estratégia (58%). A pesquisa, realizada com 2.465 pessoas entre abril e maio de 2024, reforça a importância de entender as particularidades do consumidor de baixa renda, que combina aspirações de consumo com valores sociais robustos.