A China rejeitou firmemente as acusações dos Estados Unidos de que teria violado o acordo comercial firmado em maio, que previa a redução temporária de tarifas entre as duas potências. Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês classificou as alegações como “falsas” e contrárias aos fatos, destacando que foram os EUA que implementaram medidas restritivas discriminatórias, como controles sobre exportações de semicondutores e a revogação de vistos para estudantes chineses. Pequim pediu que Washington corrija suas ações e respeite o consenso alcançado em Genebra.
O acordo, que havia amenizado temporariamente a guerra comercial, reduziu as tarifas sobre produtos americanos para 30% e sobre chineses para 10%. No entanto, autoridades norte-americanas acusaram a China de retardar a emissão de licenças para exportação de terras raras e componentes essenciais para semicondutores e automóveis, afetando cadeias de suprimentos globais. Enquanto isso, o governo dos EUA expressou esperança de que um diálogo entre os líderes dos dois países possa resolver as tensões, com possibilidade de contato direto ainda nesta semana.
Em meio ao impasse, um tribunal dos EUA bloqueou temporariamente as tarifas adicionais impostas pelo governo norte-americano, incluindo as destinadas à China, sob o argumento de que apenas o Congresso teria autoridade para tal medida. A decisão, no entanto, foi suspensa por uma corte de apelações, aguardando análise definitiva. O desfecho das negociações comerciais e a possível reaproximação entre os países permanecem incertos, com ambos os lados mantendo posições firmes.