O governo chinês rejeitou as acusações de que teria violado o consenso alcançado nas negociações comerciais de Genebra, classificando-as como “infundadas”. Em comunicado, o Ministério do Comércio da China afirmou que cumpriu integralmente os termos do acordo bilateral, enquanto os Estados Unidos implementaram medidas “restritivas discriminatórias”, como controles na exportação de chips de IA e a suspensão de vendas de software para o país asiático.
A China destacou que as ações unilaterais dos EUA aumentaram as tensões econômicas e a instabilidade nas relações bilaterais. Embora não tenha detalhado as possíveis contramedidas, Pequim prometeu adotar medidas enérgicas para proteger seus interesses. O acordo de maio previa a suspensão de tarifas elevadas por 90 dias, além da interrupção de restrições chinesas à exportação de metais essenciais para a indústria norte-americana.
Na sexta-feira, foi anunciada a duplicação de tarifas sobre a importação de aço e alumínio, atingindo 50%. A China, maior produtora global de aço, envia volumes insignificantes aos EUA devido às barreiras impostas em 2018. O país ocupa a terceira posição entre os fornecedores de alumínio para o mercado norte-americano, evidenciando os desafios persistentes no comércio entre as duas potências.