A relação entre China e Rússia, antes equilibrada, tornou-se assimétrica após o desgaste político e econômico sofrido por Moscou com a invasão da Ucrânia, segundo análises geopolíticas. O presidente chinês, Xi Jinping, embora tenha participado de eventos comemorativos ao lado de Vladimir Putin, como o 80º aniversário da derrota nazista, demonstra cautela no alinhamento com o Kremlin.
Especialistas apontam que Pequim evita críticas diretas à Rússia, mas se recusa a fornecer apoio militar explícito, limitando-se a declarações genéricas sobre paz e cooperação econômica. A presença de Xi em cerimônias ao lado de Putin é vista como gesto diplomático, não como endosso às ações russas na Ucrânia.
A China insiste em sua postura oficial de neutralidade, defendendo o diálogo como solução para o conflito, enquanto amplia acordos comerciais com a Rússia em setores como energia e infraestrutura. Analistas interpretam essa abordagem como uma tentativa de preservar interesses econômicos sem associar-se aos custos políticos da guerra.