A Chime Financial, startup norte-americana de serviços bancários digitais, anunciou nesta segunda-feira (2) que busca uma avaliação de até US$ 11,2 bilhões em sua oferta pública inicial (IPO) na Bolsa de Nova York. A empresa e alguns de seus acionistas planejam levantar até US$ 832 milhões, oferecendo 32 milhões de ações a preços entre US$ 24 e US$ 26 cada. Fundada em 2012, a Chime oferece contas correntes e de poupança por meio de seu aplicativo, gerando receita principalmente através do uso de seus cartões de débito e crédito.
O mercado de IPOs nos EUA vem mostrando sinais de recuperação após um abril fraco, impulsionado pela redução da volatilidade e pelo interesse renovado dos investidores. Recentes listagens, como a da plataforma eToro, foram bem recebidas, indicando um cenário favorável para novas ofertas. Analistas, no entanto, destacam que a estabilidade precisa se consolidar para que a janela de IPOs se abra completamente. “Investidores buscam empresas sólidas com avaliações atrativas”, afirmou Matt Kennedy, da Renaissance Capital.
Um IPO bem-sucedido da Chime pode incentivar outras fintechs a seguirem o mesmo caminho, após um período de desaceleração no setor devido ao aumento das taxas de juros e da inflação. A empresa, que já levantou US$ 750 milhões em 2021, conta com o apoio de investidores como DST Global e General Atlantic. Morgan Stanley, Goldman Sachs e J.P. Morgan são os principais subscritores da operação, que será listada na Nasdaq sob o símbolo “CHYM”.