Na manhã desta quarta-feira (25), o Rio Guaíba atingiu 3,01 metros de profundidade próximo ao Cais Mauá, no centro histórico de Porto Alegre, ultrapassando a cota de inundação de 3 metros estipulada para essa área. A situação alarmante não cessou aí; próximo à Usina do Gasômetro, o nível do rio chegou a 3,44 metros antes de começar a declinar ligeiramente. Apesar desses níveis críticos, não foram registrados transbordamentos até o momento, mas a tensão permanece alta conforme a cidade monitora as condições hidrológicas que continuam a evoluir.
O aumento substancial no nível do Guaíba foi impulsionado por chuvas intensas nos vales do Taquari e do Caí, que desaguam no rio, exacerbadas por uma mudança prevista na direção dos ventos. Segundo o Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), a profundidade medida às 9h era de 3,43 metros, apenas 17 centímetros abaixo da cota de inundação para a região próxima ao Gasômetro. A Defesa Civil estadual alerta que o nível do rio pode subir ainda mais nas próximas 24 horas, colocando áreas adicionais sob risco de inundação. Estas condições meteorológicas extremas são parte de um cenário maior de eventos climáticos severos que têm afetado diversas regiões do Brasil.
As implicações a longo prazo dessas inundações podem ser graves, impactando não apenas a infraestrutura urbana, mas também a economia local e a vida dos porto-alegrenses. A prefeitura já está mobilizando recursos e estratégias para mitigar os efeitos das enchentes, mas o cenário exige vigilância contínua e preparação para respostas rápidas. Este episódio destaca a crescente necessidade de políticas de adaptação e mitigação mais robustas frente às mudanças climáticas, que estão tornando eventos extremos mais frequentes e severos. A situação do Guaíba serve como um lembrete pungente das vulnerabilidades que enfrentamos e da urgência em fortalecer nossas resiliências a desastres naturais.