O secretário de Defesa dos Estados Unidos destacou a crescente ameaça representada pela China durante sua participação no Diálogo Shangri-La, em Cingapura. Ele afirmou que Pequim está se preparando para alterar o equilíbrio de poder no Indo-Pacífico, possivelmente usando força militar, especialmente em relação a Taiwan. A China, por sua vez, rejeitou as acusações, classificando os comentários como provocativos e responsabilizando os EUA por instabilidade regional.
O discurso também pressionou os aliados asiáticos a aumentarem seus gastos com defesa, seguindo o exemplo europeu, onde países como a Alemanha já se comprometeram a investir 5% do PIB no setor. O secretário argumentou que, diante de ameaças como a Coreia do Norte e a expansão chinesa, os aliados da região precisam reforçar suas capacidades militares. No entanto, alguns críticos consideraram sua abordagem condescendente, enquanto outros reconheceram a importância do reconhecimento dos esforços europeus.
Enquanto isso, análises indicam que os países asiáticos têm mantido gastos médios de 1,5% do PIB em defesa, apesar do cenário de segurança cada vez mais desafiador. O secretário reforçou que os EUA não buscam impor ideologias, mas cooperar com aliados quando os interesses comuns estiverem alinhados. O evento também contou com a ausência do ministro da Defesa chinês, que optou por enviar apenas uma delegação acadêmica.