O candidato de centro-esquerda venceu as eleições presidenciais na Coreia do Sul nesta terça-feira (3), encerrando seis meses de crise política marcada por uma tentativa fracassada de decretação de lei marcial. Com 98% das urnas apuradas, o vencedor obteve 49,2% dos votos, contra 41,5% do candidato conservador, segundo dados oficiais. O novo presidente, que assume o cargo imediatamente, prometeu unir o país e atender às expectativas da população.
A eleição registrou a maior participação eleitoral em 28 anos, com 79,4% de comparecimento, refletindo o desejo dos sul-coreanos de superar a instabilidade política recente. O país enfrentou um vácuo de liderança após a destituição do ex-presidente, acusado de insurreição devido à tentativa de impor a lei marcial. Analistas apontam que o pleito foi visto como um referendo sobre o governo anterior e uma oportunidade de retomar a normalidade democrática.
O novo mandatário herdará desafios complexos, incluindo tensões comerciais com os Estados Unidos, uma das menores taxas de natalidade do mundo e a crescente ameaça da Coreia do Norte. Durante a campanha, o presidente eleito reforçou medidas de segurança após sofrer um atentado no ano passado. Sua vitória simboliza uma virada de página após um período de polarização e incerteza institucional no país.