Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão em alta em mais de 20 estados brasileiros, com hospitais em regiões como São Paulo e Jundiaí operando acima da capacidade. A Fiocruz alerta que 72,5% das mortes por SRAG estão relacionadas à influenza A, que afeta principalmente idosos e crianças menores de 2 anos, grupos com taxas preocupantes de mortalidade. A vacinação contra a gripe, no entanto, permanece baixa, com apenas 38% do público-alvo imunizado em Jundiaí e menos de 30% em São Luís (MA), agravando a crise.
Em Jundiaí (SP), o hospital São Vicente de Paulo está com 32% de ocupação acima do limite, enquanto no Maranhão, os casos de SRAG subiram de 1.303 para 1.680 em apenas quatro dias. Cidades do interior do estado chegaram a suspender aulas devido ao surto, e um hospital de campanha foi montado em São Luís para atender à demanda. Em Porto Alegre, postos de saúde abriram aos domingos pela primeira vez para ampliar o acesso à vacinação, que ainda é insuficiente, especialmente entre crianças.
A situação expõe a urgência de ampliar a cobertura vacinal, já que a imunização leva cerca de 15 dias para fazer efeito. Autoridades reforçam a necessidade de proteger os grupos prioritários, como idosos, gestantes e crianças, enquanto unidades de saúde enfrentam superlotação. Com a circulação intensa de vírus respiratórios, especialistas alertam para o risco de colapso no sistema de saúde se medidas não forem intensificadas.