Com a chegada do inverno e a queda nas temperaturas, os casos de pediculose (infestação por piolhos) aumentam em ambientes escolares. Especialistas explicam que o fenômeno está relacionado a fatores comportamentais e ambientais, como o uso compartilhado de gorros, toucas e casacos, além da maior proximidade entre as crianças em espaços fechados. A transmissão ocorre por contato direto ou indireto, já que o parasita não voa nem salta.
Além do desconforto físico, como coceira intensa e risco de infecções secundárias, a pediculose pode afetar o bem-estar emocional das crianças, levando a situações de bullying e isolamento social. Médicos destacam que o problema não está ligado à falta de higiene e reforçam a importância de uma abordagem colaborativa entre famílias e escolas, sem estigmatização. Com tratamento adequado, a maioria dos casos é resolvida rapidamente.
Para prevenir a infestação, recomenda-se evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como pentes e bonés, e realizar inspeções regulares no couro cabeludo, especialmente atrás das orelhas e na nuca. Especialistas alertam contra receitas caseiras, que podem ser perigosas, e orientam o uso de produtos específicos prescritos por profissionais. Lavar roupas em água quente e isolar objetos por 14 dias também são medidas eficazes para evitar a proliferação.