Três pessoas ficaram feridas na manhã desta segunda-feira (23) após um veículo da saúde de Cônego Marinho capotar na MG-135, em Montes Claros, no norte de Minas Gerais. O automóvel transportava pacientes para tratamento médico quando o motorista, de 35 anos, perdeu o controle da direção, segundo a Polícia Militar Rodoviária. Ele foi socorrido com suspeita de fratura na perna e levado à Santa Casa de Montes Claros. Uma mulher de 50 anos e um idoso de 83, que também estavam no carro, sofreram ferimentos e foram encaminhados ao Hospital Municipal de Brasília de Minas. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas pelas autoridades locais.
De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), os passageiros permanecem sob observação médica, mas o estado de saúde deles não foi divulgado até o momento. O acidente expõe as fragilidades na infraestrutura e na segurança dos serviços de transporte de saúde em áreas rurais e semiurbanas, como é o caso de Cônego Marinho. A região depende fortemente desses deslocamentos para garantir acesso a tratamentos especializados em centros urbanos maiores, como Montes Claros. Especialistas em mobilidade e saúde pública alertam que a falta de manutenção preventiva, treinamento adequado e rotas seguras contribui para o aumento de riscos nesse tipo de transporte. A prefeitura da cidade foi procurada, mas ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
O episódio levanta questões sobre a necessidade de políticas mais eficazes de transporte sanitário em municípios do interior, especialmente aqueles com populações vulneráveis e acesso limitado a serviços médicos. À medida que a demanda por deslocamentos intermunicipais cresce, cresce também a urgência por normas mais rígidas de segurança e fiscalização. Organizações da sociedade civil e conselhos de saúde devem pressionar por revisões nos contratos e protocolos de transporte público de pacientes. Enquanto isso, o caso de Cônego Marinho se soma a uma série de incidentes semelhantes registrados em Minas Gerais nos últimos anos, sugerindo um padrão preocupante que exige resposta coordenada entre municípios, estado e União.