Em um Mangueirão lotado no último sábado (21), o atacante Rossi, capitão do Paysandu, comemorou com entusiasmo a vitória por 1 a 0 sobre o arquirrival Clube do Remo, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Declarado torcedor do clube, Rossi destacou a entrega da equipe e não perdeu a oportunidade de responder ao técnico do Remo, António Oliveira, que havia dito em sua apresentação que “clássico não se joga, se vence”. A vitória, além do significado simbólico, garantiu três pontos cruciais para o Paysandu, que ainda luta para sair da zona de rebaixamento. O resultado impulsionou o moral do elenco e reacendeu a esperança dos torcedores bicolores para a sequência da competição.
Rossi elogiou o comprometimento do elenco, exaltando tanto os titulares quanto os jogadores que vieram do banco, como Vinni, cujo desvio resultou no gol de Diogo Oliveira. A fala do capitão também serviu como resposta direta à provocação do técnico adversário, reforçando o clima tenso que cerca o clássico Re-Pa, um dos mais tradicionais do futebol brasileiro. O Paysandu, que vinha de uma sequência irregular, agora vê na vitória um ponto de virada na temporada. Especialistas apontam que o triunfo pode ser fundamental para fortalecer o grupo e consolidar a liderança de Rossi no vestiário. Já o Remo, pressionado pela derrota e pelas declarações de seu treinador, terá de buscar rápida recuperação para não se distanciar dos primeiros colocados.
Apesar do triunfo, Rossi manteve cautela ao lembrar que o Paysandu ainda ocupa a zona de rebaixamento (Z-4). O próximo desafio será diante da Ferroviária, na segunda-feira (30), às 19h, no Estádio da Curuzu, em Belém. A expectativa é de casa cheia, com torcedores incentivados pelo bom desempenho no clássico. O jogo será decisivo para as pretensões do clube na competição, e uma nova vitória pode marcar o início de uma reviravolta na campanha bicolor. A rivalidade local, as declarações provocativas e a luta pela permanência na Série B se entrelaçam em um cenário que transcende o resultado em campo, refletindo a intensidade emocional e o valor cultural dos clássicos regionais no futebol brasileiro.