O cão de suporte Teddy, que auxilia uma menina autista de 12 anos, finalmente desembarcou em Portugal neste sábado (31), após 52 dias longe da família e três tentativas frustradas de embarque. A situação ganhou repercussão e levou a uma negociação entre o Ministério de Portos e Aeroportos, a família e a TAP, resultando no voo do animal acompanhado pelo treinador e pela irmã da criança. O caso destacou a importância de garantir os direitos de pessoas com deficiência e a necessidade de maior conscientização sobre o papel dos cães de serviço.
Especialistas ressaltam que a diferença entre um cão de suporte emocional e um de serviço, como Teddy, está no treinamento específico e nas funções que desempenham. Para a criança autista, o animal é essencial, pois detecta crises de ansiedade antes que ocorram e ajuda a reduzir a agitação. A ausência do cão pode levar a aumento de estresse, mudanças de comportamento e dificuldades de socialização, conforme explicado por profissionais da área de saúde.
O caso serviu como alerta para a necessidade de leis mais claras e fiscalização rigorosa em relação aos direitos de quem depende desses animais. Defende-se maior capacitação das companhias aéreas e a criação de órgãos competentes para certificar tutores e cães de serviço, seguindo exemplos de países como Estados Unidos e Israel. A empatia e a sensibilidade no atendimento a essas situações foram apontadas como fundamentais para evitar novos impasses.