Um cantor conhecido no cenário do funk foi liberado na tarde desta terça-feira (3) após decisão da Segunda Câmara Criminal, que concedeu um habeas corpus determinando sua soltura sob medidas cautelares. Ele estava detido no presídio Bangu 3, no Complexo de Gericinó, desde sua prisão em 29 de maio, acusado de apologia ao crime e suposto envolvimento com o tráfico de drogas. Uma multidão se aglomerou em frente ao local, exigindo reforço na segurança para conter o movimento.
Entre as condições impostas pela Justiça estão a obrigação de comparecer mensalmente à corte, a proibição de se comunicar com investigados ou membros de facções criminosas e a entrega do passaporte. A decisão judicial considerou que a prisão não era essencial para as investigações em andamento. O caso continua sob análise, e as autoridades afirmam que as apurações seguem para identificar possíveis financiadores de eventos ligados ao crime.
Durante o período de detenção, o cantor declarou vínculo com uma facção criminosa ao ser registrado no sistema penitenciário, procedimento comum para evitar conflitos entre grupos rivais nas unidades. As investigações policiais destacam suspeitas de que seus shows em áreas dominadas por criminosos possam estar associados ao tráfico. O advogado de defesa argumentou que há uma criminalização de certos gêneros musicais, comparando a situação a episódios históricos de perseguição ao samba.