A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prioriza o uso de energia solar em edifícios de uso coletivo, sejam eles públicos ou privados, aproveitando os insumos e tecnologias disponíveis. A medida, que abrange todas as fontes de energia limpas, se aplica aos prédios do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e altera a Lei 4.380/64 e o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01). O relator, deputado Guilherme Boulos (Psol-SP), destacou que o projeto inicial do Senado previa incentivos fiscais, mas foram retirados por questões orçamentárias, conforme seu parecer. Essa decisão marca um passo importante rumo à sustentabilidade urbana no Brasil.
O projeto visa impulsionar o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e fomentar a inovação tecnológica no país, conforme declarado por Boulos. A prioridade dada à energia solar, além de oferecer benefícios ambientais, tem potencial para gerar empregos e fortalecer a economia verde. Porém, a retirada dos incentivos fiscais gerou debates sobre o impacto econômico e a viabilidade financeira da proposta. Segundo especialistas, enquanto a medida pode aumentar a competitividade da energia limpa, a ausência de incentivos pode limitar sua adoção inicial, especialmente em regiões com menor acesso a recursos financeiros.
No longo prazo, a implementação dessa proposta pode posicionar o Brasil como líder na transição energética global. As diretrizes incluídas no plano diretor dos municípios deverão orientar o crescimento urbano sustentável, promovendo políticas que integrem energias renováveis à infraestrutura urbana. Futuras discussões legislativas podem reavaliar a introdução de incentivos fiscais para acelerar essa transição. Esta aprovação, portanto, não apenas reflete uma mudança na política energética, mas também convida a sociedade a considerar os desafios e oportunidades da sustentabilidade no cenário global.