Após 260 anos de ausência devido ao desmatamento e à caça ilegal, os bugios-ruivos (Alouatta guariba) foram reintroduzidos nas florestas da Ilha de Santa Catarina em 2024. Um total de 16 indivíduos, divididos em três famílias, foram soltos no Parque Estadual do Rio Vermelho após um processo de ambientação, que incluiu a implantação de microchips e a comprovação de que se alimentavam de pelo menos 10 espécies vegetais locais. O Projeto Fauna Floripa estima que a ilha possa abrigar até 1.500 bugios, reforçando a biodiversidade e atraindo a atenção de visitantes.
Conhecidos por seus uivos que atingem 128 decibéis e podem ser ouvidos a 5 km de distância, os bugios são herbívoros com expectativa de vida média de 20 anos. Seus sons, que simulam ventanias, são essenciais para comunicação, demarcação de território e localização. O monitoramento da espécie é realizado com câmeras e armadilhas fotográficas, destacando a importância da preservação de habitats tropicais no Brasil, Argentina e México.
O texto também menciona outros animais conhecidos por sua comunicação sonora, como o peixe Danionella cerebrum (140 decibéis), a baleia cachalote (230 decibéis) e o kakapo (132 decibéis), ilustrando a diversidade acústica da fauna global. Esses exemplos reforçam como a comunicação sonora é vital para a sobrevivência de espécies, desde pequenos peixes até mamíferos gigantes, evidenciando a complexidade e a riqueza dos ecossistemas naturais.