A multinacional do setor alimentício BRF foi condenada a pagar R$ 150 mil por danos morais a uma funcionária que perdeu suas filhas gêmeas após entrar em trabalho de parto dentro de um frigorífico da empresa. A decisão foi divulgada nesta semana e revela um histórico preocupante de assédio moral por parte de um supervisor da companhia, que já havia sido denunciado por outras duas trabalhadoras gestantes.
O supervisor, que teria dito à funcionária ‘vou deixar você descansar então, vá para casa, você está suspensa’, é acusado de criar um ambiente de trabalho hostil, especialmente para gestantes. As alegações de assédio moral levantam questões sobre a cultura organizacional da BRF e a proteção dos direitos das trabalhadoras.
O portal g1 tentou contato com a BRF e com os advogados de defesa envolvidos nos casos mencionados, mas não obteve resposta até a última atualização da reportagem. A condenação traz à tona a necessidade de discussões mais amplas sobre a saúde e o bem-estar dos funcionários, especialmente em setores com alta pressão e riscos para gestantes.