Brasília tem se tornado um centro estratégico para negócios milionários ligados ao futebol, impulsionado por incentivos financeiros, articulações políticas e a atuação de empresários como Luiz Estevão, ex-senador cassado. A capital federal recebe grandes clubes e eventos esportivos, transformando-se em um polo de movimentação econômica além dos gramados. O fenômeno ganhou força nos últimos anos, com cifras robustas e interesses que ultrapassam o esporte.
A compra de mandos de campo é peça-chave nessa engrenagem. Grupos de investidores, incluindo o portal Metrópoles — controlado por Estevão —, chegam a pagar até R$ 2 milhões por partida para levar jogos de times como Flamengo e Corinthians ao Distrito Federal. A prática, antes pontual, virou sistemática, com contratos que envolvem direitos de transmissão e patrocínios.
Por trás dos holofotes, a operação depende de isenções fiscais e apoio do governo local, que vê no esporte uma alavanca para turismo e receita. Críticos, porém, alertam para a falta de transparência nos repasses e o risco de privilegiar interesses privados. Enquanto isso, Brasília consolida sua reputação como palco de negócios bilionários, onde o futebol é só a ponta do iceberg.