Marcelo Podgaetz, brasileiro que vive em Tel Aviv há 26 anos, descreve uma cidade em estado de alerta constante desde o início da guerra com o Irã. Diretor de vendas em Israel, ele relata que a rotina agora é marcada por sirenes, abrigos e a necessidade de estar sempre preparado. “Está tudo muito diferente, como na época da Covid-19. Está tudo fechado. Só tem supermercado, serviços de emergência e farmácias abertos”, disse em entrevista à Jovem Pan.
Um dos maiores desafios enfrentados pelos civis é a escassez de produtos básicos nos supermercados. Marcelo, que mora com a esposa e quatro filhos, conta que itens como papel higiênico e carne são difíceis de encontrar. “A gente tenta às vezes ir em três ou quatro supermercados, mas a resposta é a mesma”, explica. A família tem recorrido ao estoque de alimentos para lidar com a situação.
A população recebe alertas em celulares minutos antes de possíveis ataques, permitindo que se abriguem em bunkers. “Esses minutos que a gente ganha são o suficiente para todo mundo sobreviver”, afirma Marcelo. Ele também comenta que, em sua visão, os israelenses apoiam a ação militar contra o governo do Irã, mas não contra civis, destacando uma relação “maravilhosa” entre os povos. Israel iniciou sua ofensiva na quinta-feira (12), com ataques a instalações militares e nucleares iranianas.