A cabeleireira Tarlis Marcone de Barros Gonçalves, de 28 anos, foi detida por agentes de imigração ao tentar cruzar a fronteira do México com os Estados Unidos no dia 15 de fevereiro deste ano. A brasileira, que se identifica como mulher transgênero, foi encaminhada para a prisão de Guantánamo, em Cuba, onde ficou alojada na ala masculina.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Tarlis afirmou ter pago R$ 70 mil a coiotes para facilitar sua entrada nos EUA, com o objetivo de solicitar asilo. A motivação para deixar o Brasil, segundo ela, foi o medo de ser assassinada devido à sua identidade de gênero.
O caso reacende o debate sobre as condições enfrentadas por imigrantes transgêneros em centros de detenção, especialmente em instalações que não respeitam sua identidade de gênero. Organizações de direitos humanos já se manifestaram sobre a situação, exigindo revisão do tratamento dado a detentos LGBTQIA+.