A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) declarou encerrado o caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial no Brasil, permitindo que países importadores voltem a adquirir frango brasileiro. Países como Coreia do Sul, Iraque, Marrocos e Bolívia anunciaram o fim das restrições, conforme informou Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. Desde que o Brasil se autodeclarou livre da gripe aviária em plantel comercial, os mercados têm gradualmente reaberto suas portas para o produto brasileiro, sinalizando uma retomada positiva no fluxo comercial.
A reabertura dos mercados se deve à rápida resposta do Brasil em controlar e erradicar o surto, que foi detectado em uma única granja. Esse esforço não só garantiu a segurança sanitária, mas também restaurou a confiança internacional na qualidade do frango brasileiro. A Coreia do Sul, por exemplo, aceitou regionalizar o protocolo de embargos, limitando-os apenas ao estado onde novos casos fossem identificados, destacando um avanço nas negociações diplomáticas. Segundo analistas, essa flexibilidade pode servir de modelo para futuras negociações comerciais, impactando positivamente a economia agrícola brasileira a médio prazo.
Com a redução do número de mercados que ainda mantêm suspensões, de 20 para 17, o Brasil vislumbra novas oportunidades de expansão no comércio internacional avícola. No entanto, as exportações ainda estão pausadas para destinos importantes como China e União Europeia, o que representa um desafio contínuo para o setor. Observadores do mercado preveem que a confiança reconquistada pode levar a uma estabilização e até crescimento das exportações brasileiras a longo prazo. Em um cenário global cada vez mais competitivo, a capacidade de adaptação e a resposta rápida a crises sanitárias serão cruciais para manter a liderança do Brasil no mercado de carnes de aves.