A derrota do tenista brasileiro Felipe Meligeni, 147º no ranking da ATP, para o japonês Shintaro Mochizuki, 146º, nesta quarta-feira, encerrou a participação do Brasil na fase qualificatória de Wimbledon. Em uma partida marcada por um jogo sólido do adversário, Meligeni foi superado por um duplo 6/3 em apenas 1h17 de confronto. Com essa eliminação, o Brasil reduz sua representação na chave principal do Grand Slam inglês para apenas dois atletas: o carioca João Fonseca e a paulistana Beatriz Haddad Maia, enquanto outros competidores brasileiros, como Thiago Monteiro, Thiago Wild e Laura Pigossi, também deixaram o torneio. Essa derrota precoce levanta questões sobre o desempenho da nova geração do tênis brasileiro em competições internacionais.
Durante a partida, Meligeni enfrentou dificuldades evidentes, principalmente em momentos críticos, como a quebra no quinto game do primeiro set, que lhe custou a parcial. Apesar de iniciar o segundo set com uma vantagem de 1 a 0, o brasileiro não conseguiu manter a concentração e permitiu que Mochizuki revertesse a situação, tornando-se o dominador da partida. Especialistas em tênis têm apontado que o Brasil, com sua rica tradição no esporte, pode estar enfrentando um período de transição, onde a necessidade de renovação e treinamento específico se faz mais urgente. Com a saída de Meligeni e outros atletas, o foco agora recai sobre os dois representantes restantes, que terão a responsabilidade de honrar a bandeira brasileira em um dos torneios mais prestigiados do mundo.
O futuro do tênis brasileiro, especialmente após a eliminação de seus principais jogadores no quali de Wimbledon, suscita uma reflexão sobre as estruturas de formação e apoio aos jovens talentos no país. As derrotas recentes podem ser um indicativo de que é necessário um investimento mais robusto em infraestrutura e treinamento para atletas em ascensão. À medida que a temporada avança, a expectativa recai sobre Fonseca e Haddad Maia, que precisam não apenas avançar na competição, mas também inspirar uma nova geração de tenistas. Com o cenário competitivo cada vez mais desafiador, fica a pergunta: como o Brasil poderá reverter essa trajetória e voltar a ser uma potência no tênis mundial?