Na recente disputa do qualifying de Wimbledon, Laura Pigossi, número 201 do mundo e segunda melhor tenista brasileira, foi eliminada já na primeira rodada nesta terça-feira, deixando Beatriz Haddad Maia como a única representante do Brasil na chave feminina do prestigioso torneio. A partida, que durou apenas 1h05min, viu Pigossi enfrentar a ex-top 5 mundial e campeã do US Open de 2019, a canadense Bianca Andreescu, que dominou o jogo com parciais de 6/2 e 6/1. Este resultado limita as esperanças brasileiras a Haddad Maia, que já está classificada via ranking, e a João Fonseca, no masculino.
A eliminação de Pigossi reflete desafios significativos no cenário do tênis brasileiro feminino, especialmente em competições de alto nível como Wimbledon. A performance de Andreescu, marcada por 27 bolas vencedoras e uma agressividade que Pigossi não conseguiu contrapor, destaca a diferença de nível que ainda persiste entre atletas brasileiras e as líderes do ranking mundial. A derrota também vem como um lembrete das dificuldades enfrentadas por atletas que não estão no topo do ranking, tendo que passar por qualificatórias desafiadoras para alcançar as chaves principais. A situação de Pigossi contrasta com a de Felipe Meligeni, que ainda busca sua vaga na chave principal masculina após vencer seu primeiro jogo na fase preliminar.
Olhando para o futuro, o tênis brasileiro enfrenta o desafio de fortalecer sua presença em torneios Grand Slam, não apenas através de jogadores individualmente talentosos, como Haddad Maia, mas por meio de uma estrutura de apoio mais robusta e suporte contínuo para desenvolvimento de atletas. A participação limitada de brasileiros em Wimbledon este ano pode servir como um ponto de inflexão para reavaliar estratégias e investimentos no esporte. Assim, espera-se que novas políticas e programas possam emergir, visando maior consistência e sucesso em futuras edições dos torneios mais emblemáticos do tênis mundial.