O presidente brasileiro reiterou a posição do país em favor da paz nos conflitos entre Israel e Palestina, e entre Rússia e Ucrânia, durante o encerramento da convenção do PSB em Brasília. Condenou veementemente a aprovação de novos assentamentos israelenses na Cisjordânia, classificando a ação como uma violação ao direito internacional e ao território palestino. Além disso, afirmou que a guerra em Gaza não representa os interesses dos povos envolvidos, mas sim uma estratégia política, caracterizando a situação como um “genocídio” em desrespeito às resoluções da ONU.
Sobre o conflito na Ucrânia, o líder brasileiro destacou a necessidade de um acordo entre as partes e criticou o gasto global com armamentos, que ultrapassou US$ 2,4 trilhões no ano passado. Argumentou que esses recursos poderiam ser direcionados para combater a fome, que afeta milhões de pessoas no mundo. Reafirmou ainda a oposição do Brasil à ocupação territorial pela Rússia, defendendo que a comunidade internacional priorize o diálogo e a cooperação em vez de conflitos armados.
Por fim, o presidente defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, apontando a falta de representatividade e credibilidade da instituição devido a ações unilaterais de seus membros. Propôs a inclusão de países como Alemanha, Índia, Japão e Brasil para tornar o órgão mais equilibrado e eficaz. “Se os membros não se respeitam e não discutem coletivamente, a ONU perde sua força”, afirmou, reforçando a necessidade de uma governança global mais justa e inclusiva.