O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu, nesta terça-feira (24 de junho de 2025), a primeira licença prévia para um projeto inovador de geração de energia eólica offshore no Brasil. A permissão foi concedida ao Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore, situado a aproximadamente 20 km da costa de Areia Branca, Rio Grande do Norte. Este projeto piloto, liderado pelo Senai do RN, inclui a instalação de dois aerogeradores, um de 8,5 MW e outro de 16 MW, que servirão para abastecer o consumo do Porto-Ilha. A estratégia aqui delineada promete ser um marco no setor energético nacional, preparando o terreno para futuros desenvolvimentos.
A iniciativa surge em um contexto onde a demanda por fontes de energia renováveis e menos poluentes está em ascensão. O projeto não só visa a sustentabilidade energética, mas também se alinha com os objetivos do governo de reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Segundo Rodrigo Mello, diretor regional do Senai-RN, após um período de 18 meses dedicados a estudos e projetos de engenharia, espera-se que a operação seja efetivada até meados de 2028. A licença prévia, enquanto não autoriza obras, confirma a viabilidade ambiental na fase de planejamento e impõe a realização de 13 medidas de gestão ambiental, incluindo o monitoramento da fauna marinha e a comunicação com as comunidades locais.
Este momento representa um passo significativo para o Brasil na corrida global pela inovação em energia renovável. A implementação deste projeto não só traz promessas de avanços tecnológicos, mas também de fortalecimento econômico e autonomia energética. O sucesso deste e de futuros projetos poderá posicionar o Brasil como um líder na produção de energia eólica offshore, uma tendência que está ganhando terreno mundialmente. Enquanto o país avança neste setor, resta a expectativa de que novas regulamentações e investimentos continuem a apoiar este tipo de iniciativa, moldando um futuro mais sustentável e economicamente viável.