Em meio a alertas sobre a urgência climática, o governo brasileiro realizou, no dia 17 de junho, o leilão de 34 blocos para exploração de petróleo, incluindo 19 na foz do rio Amazonas. A iniciativa ocorre apesar dos combustíveis fósseis serem responsáveis por 75% das emissões globais de gases de efeito estufa e de ações judiciais que tentaram barrar o processo.
O leilão, que arrecadou 989 milhões de reais, incluiu 172 blocos inicialmente ofertados, com áreas de alta sensibilidade ambiental. Organizações ambientais e especialistas criticaram a decisão, destacando riscos a biomas vulneráveis e a contradição com metas de redução de emissões.
O governo federal defendeu a medida como estratégica para o desenvolvimento econômico, mas não detalhou mecanismos de mitigação ambiental. O episódio reacende o debate sobre a compatibilidade entre expansão da indústria fóssil e os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris.