As ações da Eletrobras (ELET6) estão em destaque após o Bradesco BBI revisar suas estimativas e elevar o preço-alvo para R$ 65, indicando um potencial de valorização de 40% em relação aos níveis atuais. A recomendação dos analistas permanece em ‘outperform’, equivalente a desempenho acima da média. A revisão, divulgada nesta terça-feira (17), considera três fatores: a decisão da Aneel sobre o reembolso da RBSE, ajustes nas premissas hidrológicas e dados macroeconômicos recentes.
A Aneel definiu o valor anual do RBSE em R$ 5,5 bilhões entre 2025 e 2028, abaixo da proposta inicial de R$ 6,9 bilhões. A Eletrobras, que detém 73% desse montante, e a CTEEP, com 16%, são as mais impactadas. O mercado reagiu positivamente, pois o corte foi menor que o esperado, preservando parte da receita projetada. O Bradesco BBI também ajustou as premissas do GSF, refletindo expectativas de menor disponibilidade hídrica no segundo trimestre.
Os analistas projetam um efeito negativo de R$ 200 milhões para a Eletrobras no segundo trimestre, devido à exposição ao mercado spot, valor inferior aos R$ 700-900 milhões do primeiro trimestre. A provisão não caixa de R$ 3,4 bilhões em 2025, relacionada ao RBSE, afetará o resultado IFRS, mas não o BR Gaap. O Ebitda projetado para 2024 é de R$ 21,4 bilhões, abaixo do consenso de R$ 21,8 bilhões. O preço-alvo das ações ON (ELET3) subiu para R$ 59, enquanto o das PNB (ELET6) foi elevado para R$ 65.