Brad Pitt revelou que começou a frequentar reuniões dos Alcoólicos Anônimos (AA) em 2016, ano em que se separou da atriz Angelina Jolie. A declaração foi feita durante sua participação no podcast Armchair Expert, onde o ator descreveu a experiência como transformadora. “Eu estava de joelhos, muito aberto a tudo”, afirmou. Segundo Pitt, o período pós-divórcio foi marcado por intensa vulnerabilidade emocional e a decisão de buscar ajuda foi um marco em sua trajetória pessoal. A participação nas sessões do AA coincidiu com o início de sua jornada terapêutica, também iniciada após o rompimento. O divórcio com Jolie foi finalizado apenas em 2023, após anos de disputas judiciais envolvendo custódia e divisão de bens, o que intensificou o impacto emocional do fim do relacionamento para ambos os atores.
De acordo com Pitt, os encontros do AA foram fundamentais para sua recuperação emocional e sobriedade. Ele descreveu o grupo como composto por “homens incríveis compartilhando suas experiências, fraquezas, erros, vontades, dores, com muito humor”, o que proporcionou um ambiente seguro e acolhedor para refletir sobre suas atitudes. A busca por ajuda, comum entre figuras públicas em momentos de crise, lança luz sobre os desafios enfrentados por celebridades diante da exposição midiática. Especialistas em saúde mental apontam que o relato de uma figura como Pitt pode ajudar a reduzir o estigma em torno da dependência e do cuidado psicológico. O contexto do divórcio com Jolie, altamente divulgado e marcado por disputas intensas, também contribuiu para a pressão enfrentada pelo ator, ampliando a necessidade de apoio emocional estruturado.
A decisão de Brad Pitt de tornar pública sua experiência com o AA e a terapia reflete uma mudança cultural mais ampla sobre saúde mental e vulnerabilidade masculina. Em um setor historicamente marcado por idealizações de força e autossuficiência, especialmente entre homens, a fala do ator sinaliza uma abertura para discussões mais honestas. A visibilidade de casos como o de Pitt pode encorajar outros a buscar apoio, ao mesmo tempo em que desafia normas antiquadas sobre masculinidade. Nos próximos meses, espera-se que o ator continue abordando sua jornada pessoal em entrevistas e projetos futuros, o que pode ampliar o alcance da mensagem de autocuidado e resiliência. No pano de fundo, permanece uma reflexão sobre como o sofrimento pessoal pode ser catalisador de mudanças profundas e duradouras, mesmo sob os holofotes de Hollywood.