Apesar da derrota por 1 a 0 para o Atlético de Madrid nesta segunda-feira, o Botafogo garantiu vaga nas oitavas de final do Mundial de Clubes, disputado na Arábia Saudita, encerrando a fase de grupos como segundo colocado do Grupo A, atrás do Paris Saint-Germain. Com a classificação, o clube carioca assegurou uma premiação total de US$ 26,71 milhões (R$ 146,81 milhões), superando os R$ 48,1 milhões recebidos pelo título do Campeonato Brasileiro em 2023. A renda acumulada até o momento inclui US$ 7,5 milhões pela vaga nas oitavas, além de bônus por vitórias sobre o PSG (US$ 2 milhões) e o Seattle Sounders (US$ 2 milhões), além de um repasse fixo da Fifa aos sul-americanos. O próximo desafio do time será definido após o encerramento da fase de grupos, podendo resultar em um confronto nacional já na próxima fase do torneio.
O desempenho do Botafogo nesta edição do Mundial representa não apenas um feito esportivo relevante, mas também um marco financeiro inédito para o clube. A histórica vitória por 1 a 0 sobre o Paris Saint-Germain, na última quinta-feira, foi considerada por analistas como um divisor de águas para a imagem internacional do clube. Segundo fontes ligadas à Conmebol, a distribuição de recursos da Fifa aos representantes da América do Sul já vinha sendo discutida como forma de diminuir a disparidade econômica entre continentes no torneio. Para o técnico Renato Paiva, a campanha reflete não só o amadurecimento tático da equipe, mas também o fortalecimento da estrutura administrativa do clube desde sua transformação em SAF. A derrota para o Atlético de Madrid, ainda que sem bônus, não comprometeu o planejamento financeiro, já que o objetivo de avançar de fase foi cumprido.
Com a classificação assegurada, o Botafogo agora se posiciona como uma das equipes sul-americanas mais bem-sucedidas financeiramente na atual temporada internacional. O clube aguarda a definição do chaveamento do Grupo A e pode enfrentar o Palmeiras nas oitavas, o que reacenderia uma rivalidade nacional em um palco global. Especialistas em gestão esportiva apontam que a performance do clube no torneio pode atrair novos patrocinadores e parcerias internacionais, além de valorizar o elenco em futuras janelas de transferência. Em um cenário onde as receitas de premiações internacionais superam as do campeonato nacional, o caso do Botafogo ilustra uma tendência crescente de globalização do futebol brasileiro. Resta saber se o clube conseguirá manter o fôlego competitivo diante de adversários cada vez mais qualificados nas fases seguintes.
