Na tarde desta quarta-feira, 25 de junho de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro reiterou o convite aos seus seguidores para se juntarem a ele em um protesto na Avenida Paulista, marcado para o próximo domingo, 29 de junho. Durante uma entrevista concedida à rádio Auriverde, Bolsonaro fez um apelo emocionado aos seus apoiadores para que continuem lutando pela anistia dos envolvidos nos eventos do 8 de Janeiro, insistindo na importância de não permitir que o ‘sistema’ prevaleça. Este é o terceiro evento desse tipo que ele promove em São Paulo no último ano, o que sublinha sua persistência em alterar o curso das consequências políticas recentes.
O apelo de Bolsonaro por anistia aos participantes do ataque de 8 de Janeiro na Praça dos Três Poderes ganha contornos de uma batalha ideológica profunda, que ele compara com momentos anteriores da história brasileira. Segundo ele, movimentos de esquerda no Brasil frequentemente se beneficiaram de anistias, como a promovida pelo presidente João Figueiredo em 1979, que visava a pacificação nacional pós-ditadura. Bolsonaro argumenta que um gesto semelhante agora poderia ‘pacificar’ novamente o país, sugerindo uma liberação dos detidos e o retorno dos exilados. Esta posição, contudo, enfrenta forte resistência de grupos opositores, que veem na anistia uma possibilidade de impunidade para crimes graves.
As implicações de uma possível anistia são vastas e geram debates acalorados sobre justiça e reconciliação nacional. O movimento liderado por Bolsonaro reflete uma divisão mais ampla na sociedade brasileira entre aqueles que desejam virar a página dos confrontos políticos e aqueles que exigem responsabilização pelos atos de violência. Os próximos passos neste debate prometem ser cruciais, com impactos duradouros na política brasileira. Enquanto Bolsonaro e seus seguidores preparam-se para o domingo, o país observa atentamente, ponderando as ramificações de reescrever ou não os eventos de um passado recente e turbulento.